29 agosto 2013

A Outra História Americana - American History X (1998)

Blog novo, novas sessões e vamos que vamos! Estreando a categoria CINEMA aqui no Morfina Agridoce, selecionei um filme simplesmente sensacional! Confira o trailer no Youtube!



Temas polêmicos (mais polêmicos que mamilos!) como racismo, "tribos urbanas", segregação social e princípios deterministas recheiam esse enredo fantástico que, basicamente, conta a história de Derek (Edward Norton) que busca vazão para suas crises internas agregando-se e tornando-se um ícone de um grupo neonazista. A esfericidade da personagem se revela durante o tempo que Derek passa na prisão. Enquanto cumpre a pena, ele se une aos racistas da cadeia e percebe vários furos na ideologia deles (por exemplo, a troca de droga entre um hispânico e um dos integrantes). Revoltado e indignado, sofre várias represálias, é vítima de estupro e ameaças amenizadas por um colega de trabalho na lavanderia da prisão (um negro bem humorado condenado por roubar uma televisão). Já fora da prisão, sua nova missão é convencer seu irmão mais novo Daniel (Edward Furlong) a não seguir os mesmos passos.

Mas o filme é muito mais do que isso! O drama dirigido por Tony Kaye, premiado com o OSCAR (em 1999) de Melhor Ator com Edward Norton, proporciona 1h e 59min de pura reflexão. Possui cenas chocantes de ultraviolência - incluo aqui estupro e assassinatos brutais - sexo e grande tensão, entretanto não são cenas vazias; contribuem para apresentar a ideia e a realidade das temáticas trabalhadas.

Motivos para ver ao filme:

1º- O filme aborta questões ainda em voga, discute racismo e outras formas de violência sob pelo menos dois pontos de vista. Para quem não conhece, o discurso de formações neonazistas (principalmente nos E.U.A.) é a entrada de mão-de-obra barata de imigrantes que acabam ocupando o emprego de muitos cidadãos americanos. Isso realmente ocorre, mas vamos pensar! É culpa do imigrante que procura uma chance de melhorar a vida ou de um sistema furado que permite a exploração inescrupulosa de seres humanos, e leva à associações inconscientes de que uma pessoa pode valer mais ou menos que a outra (questão de botar preço mesmo, quanto você vale, quanto vale o seu trabalho)?! O PROBLEMÃO é que grupos extremistas e racistas enxergam tudo e distorcem o discurso para o lado mais prático e raciocinam da seguinte forma:                                 
                            1. Cidadãos genuinamente americanos, no caso, são os descendentes dos colonizadores europeus, brancos portanto.
                            2. Negros vieram de fora para servirem de mão-de-obra escrava, bem como os hispânicos, judeus e outras etnias vieram para trabalhar em busca de maior qualidade de vida. Índios nativos foram massacrados, mas essa é oooutra história que a Disney não mostrou em Pocahontas.
                            Concluindo: quem não é branco rouba o lugar do americano-puro e merece a morte.
(PelamordeDeeeus, esses princípios, raciocínios e conclusões NÃO são minhas!!!)

2 º- O enredo discute, inclusive, a situação mais primitiva de sobrevivência e convivência social: entrar em um grupo. No início da adolescência, começa a despertar na pessoinha uma busca do sentido da vida impressionante que é amenizado ao inserir-se num grupo de pensamentos iguais e tals... São aqueles grupinhos do colégio bem diversificados (ao ponto de aparecerem skinheads e tudo mais). Tratarei sobre a ideia do "fascínio pelo coletivo" em outra hora. Pessoalmente, eu nunca estive inserida numa tribo assim, sempre estive sozinha... Isolada... Lia muito e ficava em casa... MAS ESSA TAMBÉM É OUTRA HISTÓRIA!

3º - E nem por isso, menos importante, mas de caráter totalmente pessoal:

O Edward Norton!!! Aquele ótimo ator que também fez O Ilusionista e (ai!) Clube da Luta...

E mais! Os músculos do Edward Norton...


Os olhos, o nariz e o cavanhaque do Edward Norton... 


Edward Norton está simplesmente IMPRESSIONÍVEL!!!

Uma sacada linda, que eu aplaudi de pé quem teve essa ideia, é que o filme muda de cor!
Primeiro, pensei que o filme ficava preto e branco quando representava lembranças. Um momento anterior ao do tempo em que se passa a história.
Depois, aparece uma cena em que os dois irmãos são crianças, na praia. Essa cena é colorida. Aí eu saquei com certeza que, as cenas monocromáticas são essencialmente de cunho racista, anterior ao período de Derek na prisão, logo, transmite uma ideia sem cor, tão uniformemente vazia e cheia de ódio quanto ao pensamento massificado presente nesses grupos. Traduz-se: ausência da individualidade.

Outra coisa interessantíssima! Lembra do negro que o protegeu que estava condenado por roubar uma TV? Pois bem... Derek sai da prisão após 3 anos recluso por matar brutalmente dois homens e o carinha que tava lá antes dele chegar, continua cumprindo pena. Televisão. Vai vendo.

É isso gente, o post ficou cumprido e muita coisa boa não foi dita. Também eu acabaria dando mais spoilers e tudo mais. Assistam que não irão se arrepender! Tirem as crianças da sala, isso inclui aquele ser humano de mente manipulável (todo mundo conhece um, que eu sei) ahahahahahhaa.

Esse filme foi indicado por um excelente e querido professor de redação do cursinho.
Beijos e até a próxima!




Um comentário:

  1. Olá, Mary, tudo bem? vi seu recado no meu Facebook, mas estou bloqueado e não consigo responder. Bom, eu conseguir comprar meu domínio seguindo:O domínio do meu Blog, fiz através do próprio Google Apps: http://www.google.com/intx/pt-BR/enterprise/apps/business/ ou pelo Blog, em configurações > Publicação > Endereço do Blog, há a opção de personalizar dominio. Foi complicado fazer pois pelo Google apresenta muitos problemas de configuração e criação de e-mail, realmente requer paciência para concluir. Mas, existe também o http://registro.br/dominio/, que vi muitos comentários de que é muito bom; Ambos o pagamento é em torno de U$ 12,00 ao ano.

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